domingo, 27 de julho de 2014

Um Poema da Carolina


O Delírio da Barba
17,5cm x 11,5cm
Ponta-Seca
2014
Pau-Brasil


Não o via há três meses

Ele tinha a barba grande,
densa
Uma barba de três meses,
talvez

Ela tropeçou na sua barba
Imensa
Vasta e densa,
Como a copa do pau-brasil

Tentou abrir caminho,
Saltar para terra,
Chão firme, céu aberto

Era tarde
(Fora sempre tarde)

Os cabelos cresciam agora,
Como ramos de árvore
À sua volta

Um emaranhado de braços
Apertavam-na


E acordou com as mãos cheias de pedras


Carolina Freitas

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